Sintomas da chikungunya podem permanecer por meses e comprometer atividades diárias, diz especialista

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Doença teve aumento de mais 1.130% nas notificações no estado. Em Palmas, são mais de mil casos confirmados e Saúde Municipal reforça ações de combate ao mosquito. Carro “fumacê” percorre quadras da capital para conter aumenta da chikungunya
Com sintomas como dores de cabeça e no corpo por três dias, a servidora pública Aurenice Menezes procurou uma unidade de saúde em abril deste ano e teve o diagnóstico de chikungunya. E mesmo depois de dois meses após saber que estava com a doença, causada pelo Aedes aegypti, ainda sente dificuldades para fazer atividades cotidianas, como caminhar ou arrumar sua casa.
“Muita dor e muita febre três dias seguidos até receber o diagnóstico. Tem dia que eu acho que estou bem e me aventuro a fazer, por exemplo, passo uma tarde digitando. Depois meu pulso não dá conta de tirar a camiseta. Quando eu me esforço, agrava”, relata a servidora.
O caso e Aurenice não é isolado e segundo o médico Alexandre Janotti, a permanência dos sintomas da chikungunya é comum e muitas pessoas enfrentam complicações em decorrência da doença. “É uma doença que deixa a pessoa bem baqueada. Também é um componente importante de afastar as pessoas do trabalho e comprometer as atividades diárias”, explica o especialista em doenças tropicais.
Segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), além da grande incidência da dengue, que já causou quatro mortes em 2022, os números da chikungunya também preocupam. No estado já são 4.623 notificações neste ano. O aumento em relação ao ano passado é de 1.130%.
Somente em Palmas, a Saúde Municipal registrou 2.857 pessoas com suspeita da doença e confirmou 1.040 pacientes com chikungunya.
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Fumacê
Entre as ações emergenciais de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor que transmite ao homem a chikungunya, a dengue e a zika, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus) começou nesta quinta-feira (16) a borrifação de inseticida de ultra baixo volume (UBV), conhecido como fumacê, em 31 quadras.
Fumacê percorre quadra de Palmas
Divulgação
Até o dia 24 de junho, a princípio, os veículos vão circular por localidades com maior incidência da chikungunya, segundo explica a coordenadora de controle vetorial Lara Betânia Melo. “Foram elencadas as áreas com maior número de notificações de chikungunya, para que a gente contenha a transmissão das doenças nessas áreas, evitando que mais pessoas adoeçam”.
Sobre os horários de circulação do fumacê, entre 5h e 8h da manhã e das 17h às 20h, Lara explica que esse é o período em que o inseticida tem maior eficácia contra o mosquito. “É o melhor horário para que a gente elimine o maior número de mosquitinhos, pelas características do vetor e pela temperatura”, ressalta.
Dentro de casa, o morador precisa ter atenção para não ter focos do Aedes. Veja cuidados para prevenir o ciclo de reprodução do mosquito:
Tampar reservatórios de agua;
Evitar o acúmulo de pneus e garrafas no quintal;
Remover galhas e folhas das calhas;
Evitar jogar lixo em terrenos baldios;
Manter ralos e calhas limpos e evitar entupimentos.
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Fonte: G1 Tocantins