Pastor teria se aproveitado de posição de autoridade religiosa e recorrido à fé da vítima para tentar cometer o abuso. Ele alegava que tinha sido ‘abençoado em sonho’ em que os dois tinham relações sexuais. Polícia Civil Tocantins
SSP/Divulgação
Um pastor de Esperantina, no extremo norte do estado, foi indiciado por importunação sexual majorada nesta quinta-feira (27). A vítima é menor de idade e frequentava a mesma igreja do suspeito, onde ele era o pastor. Ele foi encaminhado à delegacia da cidade.
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De acordo com as investigações da Polícia Civil, o pastor se aproveitou de sua autoridade e das facilidades do cargo dentro da igreja para se aproximar da vítima, frequentadora assídua do local. Aproveitando da confiança da adolescente, o pastor passou a ter importunar a vítima quando estavam sozinhos, com tentativas de abusos sexuais.
A adolescente não cedeu às tentativas do pastor. Com as recusas, ele recorreu à fé dela, alegando que teria tido um sonho em que faziam sexo. “O pastor afirmou que teria sido abençoado com um sonho em que mantinha relações sexuais com a menor e que, agora, caberia a eles concretizar esse sonho”, informou o delegado Jacson Wutke.
É importante que os pais conversem com os seus filhos sobre situações envolvendo o abuso e a violência sexual. É preciso falar sobre o assunto. Muitas vezes o perigo está onde menos se espera, como por exemplo, dentro da igreja – um lugar sinônimo de fé, respeito e acolhimento. É comum que os predadores sexuais sejam socialmente considerados como pessoas virtuosas, longe de qualquer suspeita. Cuidado nunca é demais
Após essa última tentativa, a adolescente procurou a mãe e a avó para contar o que estava acontecendo. As responsáveis pela menina chamaram o pastor para conversar reservadamente. De acordo com as investigações, ele teria confirmado o sonho e ainda comentou “quem não se apaixonaria por uma menina bonita assim!?”.
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Na decisão de indiciamento, o pastor deve responder pelo crime de importunação sexual majorada pela autoridade eclesiástica que possuía em relação à vítima. Se condenado, a pena máxima pode chegar a mais de sete anos de prisão.
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Fonte: G1 Tocantins