Número de homicídios em Palmas cresce 200% na comparação com o mesmo período do ano passado

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Levantamento mostra que quantidade de assassinatos subiu de 15 para 45, no período entre 1º de janeiro e 17 de abril, entre 2022 e 2023. Violência preocupa principalmente na região sul da capital. Homicídios aumentaram 200% em relação ao mesmo período do ano passado em Palmas
O número de homicídios aumentou mais de 200% em Palmas em 2023, no comparativo com o mesmo período do ano passado. A violência preocupa a população e fazem crescer a insegurança, principalmente, na região sul da cidade.
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Uma das últimas vítimas foi o professor Carlos Henrique de Sousa Luz, de 45 anos. Ele foi assassinado com 38 facadas. O corpo dele foi encontrado sem roupas, de bruços e embaixo de materiais de construção.
Na mesma noite dois jovens de 23 e 26 anos e um adolescente de 17 ficaram em estado grave após serem baleados no setor Bela Vista.
O comparativo feito com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostra que entre 1º de janeiro e 17 de abril deste ano foram registrados 45 assassinatos em Palmas. Neste mesmo período do ano passado foram 15 vítimas.
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Divulgação
O major Marcos Morais, porta voz da Polícia Militar, explica não há uma única causa para o aumento nos números. “Pode ter vários elementos, vários fatores que estão contribuindo para essa situação. Não só o aumento populacional, mas talvez isso trouxe consigo a circulação de drogas, o tráfico de drogas. Há uma expansão das organizações criminosas em todo país e a capital em algum momento iria passar por essa situação”, comentou.
O crescimento populacional em bairros periféricos e a falta de políticas públicas voltadas para estas áreas também influenciam nesse aumento. “Percebe-se muitos moradores vindo do interior e outros estados. Chegando à capital, devido ao fato de Palmas não ser uma cidade barata para morar, acabam se alocando em bairros com condições mais precárias e com custo de vida mais baixa. Ali encontram a falta de políticas”, disse o sociólogo Ygor Leite.
Segundo a polícia, para combater os homicídios não basta apenas o policiamento nas ruas. “O policiamento visível, ostensivo, é só o primeiro passo nesse processo. Tipos de crimes como esses homicídios com características de execução, planejados, não se previne com viatura na rua. Se previne com atuação de todos os órgãos que compões o sistema de Justiça porque essas pessoas se valem da impunidade e quase sempre são reincidentes”, disse o major.
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Fonte: G1 Tocantins