Motins em prisões do Equador deixam 8 mortos e 20 feridos

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Motins ocorreram nas penitenciárias de Guayas e Cotopaxi. Motins em duas penitenciárias no Equador nesta quarta-feira (21) deixaram oito presos mortos e ao menos 20 feridos, incluindo policiais, informou o organismo do governo encarregado de administrar as prisões.
Na penitenciária da província costeira de Guayas (sudoeste), “foram registradas 8 #PPL (pessoas privadas de liberdade) falecidas e 2 membros da @PoliciaEcuador ficaram feridos”, informou o Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI) no Twitter.
Em outro tuíte, o SNAI acrescentou que no presídio da província andina de Cotopaxi, no centro do país, “foram registrados 20 feridos”.
Por sua vez, a polícia informou na mesma rede social que em Guayas três militares ficaram feridos, enquanto em Cotopaxi, onde continuam as operações, dois agentes precisaram de atendimento médico.
As prisões de Guayas e Cotopaxi foram duas das quatro nas quais ocorreram confrontos sangrentos simultaneamente em fevereiro, com um saldo de 79 presos mortos e vários feridos, incluindo policiais.
Os incidentes de fevereiro deixaram cenas aterrorizantes, como corpos decapitados, e revelaram o poder das máfias do tráfico em prisões superlotadas.
Na semana passada, policiais prenderam uma pessoa que tentou entrar na prisão de Guayaquil com fuzis, pistolas, explosivos e munições.
O Equador tem cerca de 60 prisões com capacidade para abrigar 30.000 pessoas, mas atualmente existem cerca de 39.000 presos sob a custódia de cerca de 1.500 guardas. De acordo com especialistas, 4.000 guardas são necessários para exercer um controle efetivo das prisões.
A taxa de superlotação nas prisões do país gira em torno de 30%. Em 2020, segundo a Defensoria, houve 103 assassinatos em presídios.
Para tentar conter a violência nas prisões, o governo do ex-presidente Lenín Moreno, encerrado em maio passado, decretou o estado de exceção em algumas ocasiões. A última medida vigorou até novembro do ano anterior.
Em meio à pandemia e para reduzir a população carcerária, o Equador aplicou medidas substitutivas para os que cumpriam penas por crimes menores, reduzindo assim a superlotação das prisões de 42% para 30%.

Fonte: G1 Mundo