Desfile do Orgulho em NY tem tumulto por confusão entre fogos de artifício e tiros e protesto a favor do aborto

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Participantes confundiram barulhos, gerando correria e confusão, mas não houve feridos graves. Decisão de Suprema Corte sobre aborto, na semana passada, foi fortemente criticada no evento, o primeiro após dois anos de pandemia na cidade. Desfile do Orgulho LGTBQIA+ em Nova York teve tumulto por confusão entre fogos de artifício e tiros e protestos a favor do aborto, em 26 de junho de 2022.
Reuters
Centenas de pessoas reunidas no domingo em uma praça de Nova York para celebrar o Dia do Orgulho protagonizaram um tumulto depois que confundiram o som de fogos de artifício com tiros.
“Não houve tiros em Washington Square Park. Após uma investigação determinamos que os sons eram fogos de artifício lançados do local”, afirmou o Departamento de Polícia de Nova York no Twitter.
A polícia informou à AFP que não registrou feridos graves na confusão, mas indicou que não tinha condições de determinar quantas pessoas sofreram algum tipo de lesão.
Dezenas de milhares de pessoas compareceram no domingo à Parada do Orgulho LGBTQIA+, que percorreu as ruas de Lower Manhattan, em um ambiente festivo, apesar da sombra provocada pela decisão da Suprema Corte de suprimir o direito constitucional ao aborto, deixando para aos estados a tarefa de legislar sobre o tema.
Os organizadores do evento afirmaram que a decisão da Suprema Corte sobre o aborto, que acabou com quase cinco décadas de proteção e liberdade de saúde reprodutiva, foi “devastadora”.
“Esta decisão perigosa coloca milhões em perigo, dá ao governo controle sobre nossa liberdade individual de escolha e estabelece um precedente perturbador que coloca em risco muitos outros direitos e liberdades constitucionais”, afirmaram os organizadores.
Muitos grupos de direitos humanos temem que a decisão de revogar o direito federal do aborto represente o início de uma pressão mais ampla da Suprema Corte, atualmente dominada por uma maioria conservadora, para restringir outras liberdades conquistadas nas últimas décadas, como direitos à contracepção ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Fonte: G1 Mundo