Policiais revelaram novos detalhes da Operação Canguçu, que faz buscas há quase 30 dias por grupo criminoso. Segundo balanço divulgado pela PM, 15 suspeitos foram mortos e duas presos, após confrontos. Suspeitos de atacar Confresa (MT) se esconderam em árvores durante fuga pelo Tocantins
A Polícia Militar revelou novos detalhes da operação Canguçu, montada há cerca de 30 dias para capturar criminosos que atacaram a cidade de Confresa (MT), no dia 9 de abril, e fugiram para o Tocantins. Depois de entrarem pela Ilha do Bananal, os suspeitos chegaram a ficar por vários dias em cima de árvores para dificultar o trabalho da polícia. Segundo balanço, 15 homens foram mortos e dois presos, após confrontos no Tocantins.
A informação foi revelada pelo major Thiago Monteiro Martins, porta-voz da PM, em entrevista ao Fantástico.
“A Ilha do Bananal tem mais de 20 mil quilômetros quadrados, é um ambiente bem inóspito, nós temos água, temos um terreno muito complexo. Temos informações de que os criminosos ficaram vários dias em árvores, por exemplo, tudo isso dificultando a atuação da polícia”.
A tecnologia ajuda no trabalho da força-tarefa. Os policiais têm utilizado binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.
Operação Canguçu: Criminosos se esconderam em árvores após entraram à Ilha do Bananal, durante fuga pelo Tocantins
Reprodução/Instagram
O drone é da polícia do Mato Grosso e funciona tanto à noite como durante o dia, com um longo alcance. Na tela de um computador, os operadores conseguem ver em tempo real as áreas monitoradas e direcionar as equipes para verificar as movimentações suspeitas.
A polícia acredita que outros suspeitos continuam na região oeste do estado, na zona rural de Pium, Marianópolis e Caseara. Segundo a PM, as buscas vão continuar até que todos os suspeitos sejam localizados.
Além dos dois presos durante a Operação Canguçu, a Polícia Civil do Mato Grosso também prendeu três suspeitos que teriam ajudado no planejamento do ataque. Eles foram encontrados em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
Imagens de drones termais usados na Operação Canguçu
Reprodução/Polícia Militar
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Criminoso morto em confronto na operação Canguçu usava sacos amarrados aos pés para tentar despistar a polícia
Operação Canguçu
Confrontos da Operação Canguçu deixam marcas de tiros na vegetação do local
Divulgação/Polícia Militar
As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.
Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.
Operação Canguçu
Divulgação/PM TO
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
Criminoso usava sacos de fibras sintéticas para tentar despistar a polícia
Reprodução/Redes Sociais
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Fonte: G1 Tocantins