Conselheiro de ética de Boris Johnson, do Reino Unido, renuncia

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Esse é o segundo conselheiro de ética ministerial a renunciar em três anos. Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante declaração para o Parlamento sobre o escândalo de “partygate”
UK Parliament/Jessica Taylor/Handout via REUTERS
Christopher Geidt, o conselheiro do primeiro-ministro britânico Boris Johnson para a ética e o cumprimento do código de ética ministerial, apresentou a sua demissão nesta quinta-feira (16).
A saída de Geidt foi uma consequência do escândalo no Reino Unido ao se descobrir que, durante o auge do confinamento, eram realizadas festas na sede do governo.
Boris Johnson disse que lamentava ter recebido a carta de renúncia de Christopher Geidt e afirmou que está surpreso.
Boris Johnson assume responsabilidade por ‘partygate’
Em sua carta, Geidt disse que pensava que poderia continuar em seu cargo após o escândalo das festas, mas decidiu renunciar depois de se encontrar em uma “posição impossível” por um novo pedido.
“Fui encarregado de aconselhar sobre a intenção do governo de considerar medidas que corram o risco de violar deliberadamente o código ministerial. Esse pedido me colocou em uma posição impossível e odiosa”, escreveu ele. Não deu mais detalhes, mas considerou que a ideia de que o primeiro-ministro “poderia de alguma forma deliberadamente quebrar seu próprio código é uma afronta”.
Johnson respondeu que “pedia seu conselho antes de tomar uma decisão” sobre qualquer assunto.
Geidt é o segundo conselheiro de ética ministerial a renunciar em três anos, depois de Alex Allan, que renunciou em 2020, depois que Johnson se recusou a aceitar suas descobertas sobre alegações de assédio trabalhista feitas contra a secretária do Interior Priti Patel.
Geidt é um ex-diplomata que também foi secretário particular da rainha Elizabeth II por dez anos.
Johnson se livrou recentemente de uma moção de censura interna na qual mais de 40% dos deputados conservadores tentaram destituí-lo. Além de ele ter se mantido no cargo, não poderá ser alvo de outro voto interno de confiança por um ano.
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Fonte: G1 Mundo