Tragédia com o avião do Palmas completa um ano; investigação sobre acidente ainda não foi concluída

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Resultado da investigação sobre as causas do acidente ainda não foi concluída. Fim de semana foi marcado por homenagens. Vítimas do acidente aéreo que levava parte da delegação do Palmas Futebol e Regatas, do topo esquerdo, em sentido horário: o atacante Marcus Molinari, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o empresário Lucas Meira, o piloto Wagner Machado, o goleiro Ranule e o zagueiro Guilherme Noé
XV de Jaú/Divulgação; Caldense/Divulgação; Reprodução
A maior tragédia do esporte tocantinense completa um ano nesta segunda-feira (24). Nesta mesma data, em 2021, o avião que levava parte da delegação do Palmas Futebol e Regatas caiu logo após a decolagem, deixando seis mortos. Para os parentes das vítimas a dor ainda é grande e a espera por respostas não terminou.
O acidente sem sobreviventes aconteceu em uma pista de pouso no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. A delegação seguia para Goiânia, onde a equipe enfrentaria o Vila Nova pela Copa Verde.
Os dados disponíveis no Sipaer, painel do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informam que “após a decolagem a aeronave perdeu sustentação e colidiu contra o solo”.
Morreram na tragédia o piloto Wagner Machado Júnior, que tinha mais de 30 anos de experiência em aviação, o presidente do clube, Lucas Meira, e quatro atletas do time: o goleiro Ranule, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o zagueiro Noé e o atacante Marcus Molinari.
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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou em nota que a investigação segue em andamento e tem como objetivo prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.
“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes”, informou o órgão na última semana.
Investigadores da Força Aérea durante análise de destroços
Ciopaer/Divulgação
O clube realizou neste domingo (23) a entrega dos kits de material esportivo como premiação do concurso cultural “Troféu Lucas Meira – A Força de um Sentimento” beneficiando jovens do Tocantins. Conforme o Palmas, foram mais de mil beneficiados. Uma live com momentos de música, leitura, orações e homenagens foi realizada também neste domingo.
O clube afirmou que também aguarda o relatório oficial do Cenipa, pois as investigações seguem em andamento e não há um prazo limite para encerramento.
“Em relação às indenizações, auxílios e relacionamento com as famílias das vítimas, o clube faz saber que todas as assistências foram prestadas desde o primeiro momento e durante todo esse ano, sempre tocados pelo sentimento de pesar. Foram pagas as indenizações trabalhistas, o seguro do clube e o seguro da Confederação Brasileira de Futebol, faltando apenas o pagamento do seguro da aeronave, que deve ser consolidado nos próximos dias, informou o clube.
A tragédia
Avião pegou fogo logo após cair em Porto Nacional
Corpo de Bombeiros/Divulgação
A queda do avião foi logo após a decolagem no dia 24 de janeiro da pista da Associação Tocantinense de Aviação, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. Os relatos das testemunhas indicam que o choque com o solo foi segundos após a tentativa de levantar voo e que logo em seguida houve duas explosões.
Os jogadores estavam no voo particular porque haviam acabado de se recuperar da Covid-19 e ainda não podiam viajar em voos comerciais. O período de isolamento deles terminava no dia da queda.
A investigação sobre o acidente está sendo realizada pelo Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Cenipa, localizado em Brasília (DF). Não há previsão de quanto tempo a apuração do caso deve levar.
O avião que caiu é um bimotor modelo Baron, de prefixo PTLYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas por voo.
A mesma aeronave tinha sofrido danos substanciais em 2014 após um acidente em um aeródromo de Brasília. Na época, o relatório da Aeronáutica concluiu que o piloto se esqueceu de acionar o trem de pouso no momento da aterrisagem.
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Fonte: G1 Tocantins